A Prefeitura de São José, por meio da Secretaria de Infraestrutura, iniciou na manhã desta segunda-feira (22), num canal entre as ruas Cornélio Xavier de Castro e José Bonifácio, no bairro Forquilhinha, o maior programa de desassoreamento de rios, canais, valas e galerias da história do Município. O Plano de Desassoreamento Permanente, que integra as ações desenvolvidas dentro do Programa de Manutenção Regionalizada e Continuada, que teve início em março, prevê um investimento de R$ 5 milhões neste ano. 

Os moradores próximos ao Complexo Esportivo Oriedson de Souza, em Forquilhinha, acordaram com um cenário diferente na manhã desta segunda-feira, com a presença de cinco escavadeiras, três minis escavadeiras, duas retroescavadeiras, sete caçambas, e uma equipe de 40 pessoas que deram início ao maior projeto preventivo contra enchentes de São José. O secretário de Infraestrutura, Nardi Arruda, explica que o serviço, que era realizado periodicamente, agora passa ser executado permanentemente, com um contingente maior de maquinários, e dentro de um projeto previamente realizado pela Secretaria de Infraestrutura. 

Ele acrescenta que ao todo, serão investidos de R$ 5 milhões diretamente na ação em rios, canais, valas e galerias, e outros R$ 15 milhões indiretamente, aplicados nos serviços paralelos ao desassoreamento, que são os serviços em seu entorno, como coleta de materiais descartados irregularmente; roçagem; manutenção de drenagem; conserto de infiltração; e manutenção da malha viária.

O prefeito Orvino Coelho de Ávila, que prestigiou o início do programa em Forquilhas, destacou que a proposta dessa nova frente é estar um passo à frente de desastres climáticos, como as fortes chuvas que ocorreram no final de 2022, e que causaram alagamentos em alguns pontos do município. “Ao invés de sermos pego desprevenidamente por uma cheia, estamos investindo em um trabalho preventivo jamais visto em São José, reduzindo os riscos de alagamentos e enchentes na cidade”, reforçou. 

Os trabalhos vão ocorrer seguindo o calendário do Programa de Manutenção Regionalizada e Continuada. Com isso, as quatro regiões definidas pela Secretaria de Infraestrutura continuam atuando semanalmente em cada área. “As equipes da força tarefa atuam uma semana em cada região. Quando uma área não é concluída neste prazo, o contingente segue para a próxima área e, em quatro semanas, retorna ao local para dar continuidade ao serviço. Este cronograma foi criado para atender todo o município de forma igualitária”, ressaltou o secretário Nardi Arruda.

Para o desenvolvimento da força tarefa, foi realizado previamente um cadastramento de toda bacia hidrográfica do Município e um levantamento de cada área, com sua extensão, largura e tamanho da intervenção, para se ter com mais precisão a real dimensão do aparato de maquinário e equipes necessários em cada local.

O Programa de Manutenção Regionalizada e Continuada está dividido em quatro áreas:

Região 4 –

22/5 a 26/5

Colônia Santana, Forquilhas e Sertão do Maruim;

Região 1 –

29/5 a 2/6

Areias, Ipiranga, Jardim Santiago, Pedregal, Real Parque e Serraria;

Região 2 –

5/6 a 9/6

Barreiros, Bela Vista, Jardim Cidade, Nossa Senhora do Rosário, Campinas, Kobrasol e Roçado;

Região 3

12/6 a 16/6 –

Distrito Industrial, Centro Histórico, Fazendo Santo Antônio, Flor de Nápolis, Forquilhinha, Picadas do Sul, Potecas, São Luiz, Ponta de Baixo e Praia Comprida.

Obra com extensão de 8,3 quilômetros vai desafogar o trânsito da região e revitalizar o comércio da avenida Leoberto Leal

A Beira-Mar de Barreiros, uma das obras mais importantes da gestão para desafogar a malha viária de São José, avançou mais uma etapa. Representantes da empresa responsável pela execução do projeto da avenida estiveram reunidos com representantes da Secretaria Municipal da Infraestrutura para apresentar o estudo preliminar dos traçados da avenida e suas ligações para Barreiros e BR-101.

A obra terá ligação com a Beira-Mar Continental em uma extensão total de 8,3 km de via pública, sendo 4,8 km pertencentes a Florianópolis e 3,5 km em São José. O projeto prevê pistas de rolamento, passeios, ciclovias, área de lazer e bolsões de estacionamentos.

Com a implantação da Beira-Mar Barreiros, a avenida Leoberto Leal deixará de ser uma via de fluxo intenso de veículo. A mudança deve repercutir positivamente no forte comércio da região, que ganhará mais visibilidade aos que transitam pelo local.

Com a definição dos traçados, o próximo passo será a realização da topografia e ensaios laboratoriais do solo. A estimativa para conclusão do projeto é de 10 meses, levando em consideração o processo de licenciamento ambiental. Atualmente está sendo realizada a batimetria, a medição da profundidade do oceano na área em que a obra será executada.